Olá pessoal, sejam bem-vindos ao meu site. Meu nome é Anderson Hander. Sou Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB), Especialista em Revisão de Texto pelo Centro Universitário de Brasília (CESAPE-uniCEUB) e graduado em Letras pela UnB.
"Subjetividade em Pesquisa Científica". Trago algumas reflexões neste post sobre minha prática como revisor. Primeiramente, precisamos pensar sobre a subjetividade como um paradigma na ciência, especialmente nas ciências humanas e na escrita acadêmica.
Atualmente, é aceitável utilizar a primeira pessoa do singular (eu) em toda uma tese ou em algumas seções específicas, dependendo das normas de cada instituição ou orientador. No entanto, critico a interpretação equivocada desses novos padrões pós-modernos na pesquisa, os quais, muitas vezes, resultam em textos mal formulados e pensados.
Esses padrões parecem alinhar-se à nossa cultura, levando a interpretações equivocadas. Acredito que ao fundamentar a pesquisa em bases humanas, ela traz uma crítica e uma desconstrução para esse pensamento rígido, possibilitando a transformação social.
Entendo que a verdade nesse modelo pós-moderno, ligada à subjetividade, afasta-se de concepções de verdade ditas absoluta e da dita neutralidade científica (que já foi superada). Apesar disso, não estou defendendo a total subjetividade, mas sim criticando o excesso dela nesse contexto mais pós-moderno.
Isso se relaciona à falta de conhecimento do pesquisador brasileiro e à própria cultura, resultando, por sua vez, em falta de rigor acadêmico em certas áreas de pesquisa. Esse paradigma de desconstrução está vinculado à transformação cultural e científica no mundo, com mudanças na forma de pensar.
Pesquisadores precisam ter consciência dessas transições e rupturas no mundo para fundamentar suas pesquisas. Proponho, nesta reflexão, um pensamento pós-moderno consolidado, sem abdicar da ética e do rigor científico, buscando fundamentação nas bases metodológicas de cada área.
É essencial delimitar as pesquisas, respeitando os escopos de cada área e evitando teorizações que ultrapassem os limites da pesquisa sem uma base sólida. Isso evita que as pesquisas percam estrutura e sejam validadas de maneira inadequada.
A sociedade científica brasileira ainda reflete modelos europeus, mas é necessário um equilíbrio entre a desconstrução pós-moderna e a rigidez do paradigma científico mais consolidado. Se não houver essa busca por equilíbrio, corremos o risco de permitir o domínio de um discurso solto, o qual contradiz o que defendemos.
Precisamos ter uma postura mais rígida como pesquisadores, pois isso reflete em nossos textos, evitando o uso excessivo de adjetivos e termos emocionais que fogem da propriedade científica. Devemos buscar a fundamentação na metodologia e epistemologia de cada área de estudo.
Ao romper com esse padrão cultural que nos aliena, podemos mudar a realidade científica brasileira, sem adotar uma visão oba-oba ou simplista. Isso requer um comprometimento ético e responsável do pesquisador em sua prática científica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário